25 setembro 2018

Sobre superação


Nos últimos dias assisti a dois vídeos que me levaram a refletir sobre as possibilidades que temos para desenvolver nossas vidas de acordo com nossos desejos.
O primeiro foi a respeito da vida de Liev Tolstói ❤ , escritor russo autor de Anna Kariênina, entre outros romances, no canal The School of Life. De acordo com o vídeo, Tolstói foi rejeitado na universidade, após ter sido considerado inapto à aprendizagem. 😲



Talvez esse resultado tenha sido o melhor para nós que tivemos como consequência do episódio a dedicação do escritor à literatura, o que não podemos dizer que aconteceria se ele tivesse obtido êxito na carreira acadêmica.
Este episódio da vida de Tolstói nos leva a diversas reflexões que vão desde os questionamentos sobre quem está habilitado a dizer a o que estamos ou não aptos a nos dedicar e desenvolver até a o que fazer diante de situações de negação como esta.
Tolstói não lidou bem com a negativa e, como dizem na atualidade, caiu no mundo até se reestruturar emocionalmente para se dedicar à literatura que, para ele, não era arte pela arte, mas uma forma de refletir sobre a sociedade e de possibilitar mudanças.
Como não amá-lo? ❤
O outro vídeo foi o do professor da FGV, José Garcez Ghirardi Melhores, no canal da Casa do Saber, intitulado A Depressão dos Super-Heróis, no qual ele fala sobre a era da superpositividade que nos leva a acreditar sermos capazes de tudo o que quisermos, a depender do nosso esforço, quando na verdade não o somos.



Segundo o professor Garcez, a estrutura social contemporânea estimula o individualismo e responsabiliza o individuo pelos resultados positivos e negativos que marcam sua trajetória, sem levar em consideração a estrutura política e econômica que determinam as ações sociais e que, naturalmente, não possibilita que todos tenham os resultados que almejam.
Haverá fracasso. Ponto.
O que fazer a partir dele é a reflexão a ser induzida.
O professor Garcez ressalta a necessidade de reconexão entre as pessoas para que, juntos, possamos viabilizar que o maior número de pessoas realize o máximo possível dos sonhos que têm, de acordo com as necessidades e possibilidades de cada indivíduo e de como as circunstâncias se apresentam.
Mesmo assim, não, não poderemos tudo. Mas o que fazer com o que podemos?
Não, este não é um discurso conformista, mas sim de percepção de que a realidade é baseada em uma estrutura, no nosso caso a capitalista, que não dá a todos as mesmas oportunidades. Esta é a realidade.
O professor José Garcez é mestre e doutor em Estudos Linguísticos e Literários pela USP e bacharel em Direito. Ele associa os dois mundos para refletir a sociedade. De acordo com ele, o fato é, não existe perfeição e igualdade de oportunidades, mas sim a possibilidade de superação coletiva. 😊

ð  Dia 42|365


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