Gratidão. Este é o sentimento que me preenche no momento em
que escrevo estas palavras, ao som da Legião Urbana, um show ao vivo gravado no
Jockey Club em 1990. Nenhum fato extraordinário aconteceu, apenas a percepção do
resultado positivo de uma semana que terminou com um saldo positivo, mesmo com
as contingências inerentes à vida.
O que nos leva ao crescimento se não a associação entre
aquilo que podemos e o que não podemos controlar nesta experiência maravilhosa
que é viver?
Aquilo que foge do nosso controle que, aliás, representa a
maior parte do nosso cotidiano, representa oportunidade de aprendizado e de
contato com pessoas, situações e conhecimentos que por escolha própria,
dificilmente teríamos chance entrar em contato.
A cada um de nós, cabe a escolha entre tirar o melhor
proveito dos ensinamentos que se apresentam, ou nos fechar e permanecer no Mais do Mesmo, como afirma Renato Russo.
Essa reflexão surgiu em decorrência da leitura de capítulos
do Livro Três de As Crônicas de Gelo e
Fogo, de George Martin, intitulado, A
Tormenta de Espadas, que tratam da convivência de Jaime e Brienne.
Apesar das personalidades antagônicas que os guiam em
sentidos divergentes quanto a caminhos a seguir e objetivos a alcançar, o
período que Jaime e Brienne estão sendo obrigados a passar juntos, assim como os
perigos enfrentados de volta a Porto Real, tem sido momentos de construção de percepções
diferentes de um em relação ao outro, inclusive de atitudes de cuidados
recíprocos, mesmo que pela noção sobrevivência.
- Isso foi indigno – murmurou. – Fui estropiado e estou amargo. Perdoe-me, garota. Protegeu-me tão bem quanto qualquer homem poderia proteger, e melhor do que a maioria.
Ela enrolou a nudez numa toalha.-Está zombando de mim?Aquilo voltou a enfurecê-lo.- Terá uma cabeça tão dura como a muralha de um castelo? Isso foi um pedido de desculpas. Estou farto de lutar com você. O que diz de fazermos uma trégua?
O que esta trajetória revela pode muito bem inspirar nossas
ações diante dos mais diversos fatos e momentos do nosso cotidiano, individual
e coletivo. Como escolhemos lidar com as mais diversas situações que a vida nos
apresenta? Quais ensinamentos tiramos das oportunidades, mesmo que, num
primeiro momento, elas se mostrem aquém das nossas expectativas?
A todo momento tempos a oportunidade de ver o copo meio
cheio ou meio vazio. Qual é a sua escolha? Eu opto por ver o copo meio cheio e,
por isso, sou só gratidão! 😊
ð Dia 39|365
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