05 setembro 2018

Sobre a brevidade da vida


No final de semana passado, aproveitei o descanso forçado pela saúde fragilizada para organizar as leituras que pretendo fazer nos próximos meses. Sim, meu planejamento de leituras definido no inicio do ano foi praticamente todo alterado, porque me deixei levar pelas conexões e/ou inspirações aleatórias.
A associação com as leituras teóricas teve peso nisso, pois preciso de conteúdo mais leve, fluido para relaxar, refletir, ir além. Ler também é um momento de lazer, além de ser exercício de concentração e contato com um mundo que, sem os livros, dificilmente teria.
Tenho experimentado novos autores, estilos e temas e o resultado tem sido surpreendente e prazeroso. Mas não, não desisti do livros sobre o Brasil que defini para 2018. Estão em apreciação, de acordo com a disposição e disponibilidade desta que vos escreve. 😊
Tenho cada vez mais priorizado os pequenos prazeres que me enchem a alma. Ler é um deles, então não pode ser algo penoso. O autoconhecimento -  em constante construção – ajuda a perceber os momentos necessários de reorientação da rota. A debilidade do corpo reforça esta percepção.
A vida é mesmo um sopro e não sabemos até quando estaremos aqui. Então, por que não tornar mais leve a jornada?
Ontem fui a uma agência dos correios que frequento há anos e logo que passei pela porta de segurança, perguntei ao vigilante onde estava a atendente que, ao menos, nos últimos 15 anos sempre esteve lá. Ele me disse que ela faleceu há oito dias. Câncer.
A notícia me emocionou, apesar de não conhecer aquela senhora, além da cordialidade do atendimento.  Mas era alguém que sempre estivera ali e que, ontem, eu esperava vê-la. Não tive a oportunidade. Lamentei e tive o reforço em meu coração de que não podemos fazer desta jornada algo mais pesado do que ela, de fato, precisa ser.
Me senti grata por ter aproveitado as promoções da Saraiva e da Amazon no final de semana para comprar alguns livros teóricos e literários, reativei minha conta no Kindle Unlimited, separei alguns livros na biblioteca e reestruturei processos. Ler me faz bem, sensibiliza o olhar. Só acrescenta. E é isso o que busco, o que vem para somar e agregar valor, apenas.
E nesse dia de reflexões sobre a brevidade da vida, li três capítulos de Morte na Mesopotâmia, de Agatha Christie, enquanto aguardava atendimento em uma agência bancária. A espera é inevitável, mas o tempo pode e deve ser bem aproveitado!
-Impossível... impossível...eis aí uma palavra que não levo em conta! 😉
=> Dia 21|365

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