O processo de autodesenvolvimento é, entre outras coisas, individual
e solitário, por mais que as trocas propiciem e possibilitem a reordenação da
rota. Crescer e se desenvolver só depende de uma pessoa: você mesmo.
Querer passar por este processo é o primeiro passo para
aprender a lidar com as adversidades que surgirão no caminho, como problemas de
saúde, pois em termos de construção de conhecimento – seja ele social e/ou sobre
si mesmo – nada há de linear.
Resiliência é a palavra-chave.
O primeiro mês do segundo semestre do Doutorado foi concluído
e com ele muito aprendizado, sendo este uma consequência da persistência,
melhor organização e clareza nos objetivos a serem alcançados.
As disciplinas em andamento, Metodologia do Ensino Superior e Fundamentos Teóricos e Metodológicos da Pesquisa sobre a Formação, a
Identidade e a Profissionalização Docente, dialogam muito entre si; ampliam
os horizontes sobre o objeto de estudo e a prática docente; além de colaborarem
com novas perspectivas que mexem com o ser humano.
Os professores responsáveis pelas disciplinas são
inspiradores. Pessoas que revelam suas paixões pelos temas discutidos, pelo ser
humano, pelas possibilidades de colaborar com as mudanças que a sociedade
precisa, e que tratam os discentes com respeito, ao demonstrar a confiança que
têm na colaboração de cada.
O contato com a postura dessas pessoas e indicações de leituras
técnicas e aleatórias reforça a fé na humanidade, ao mesmo tempo que instiga o
espírito a buscar mais conhecimento para viver intensamente este processo que é,
sem dúvida, transformador! 😊
Além dessas disciplinas, os encontros da linha seguem
acontecendo em paralelo ao desenvolvimento da pesquisa. Esta tem se desenrolado
dia após dia, por meio da leitura de livros, teses, dissertações, do garimpo de
artigos e fichamentos.
Vale destacar que, apesar do processo ser individual e
solitário, momentos de troca de informações sobre estratégias e técnicas de
pesquisa, como o realizado em um dos encontros da linha, levam ao
compartilhamento de dicas que podem ser preciosas.
Particularmente, aprendi a usar ferramentas do Google que nem
mesmo conhecia e que têm me ajudado de maneira significativa no garimpo por informações
de qualidade, além de outras ferramentas disponíveis neste vasto mundo virtual.
Essa dualidade entre o coletivo e individual tem muita
similaridade ao que acontece em nossa vida social. Somos indivíduos no meio de
um coletivo, mas o que fazemos de nós mesmos é escolha pessoal e intransferível.
Deixar que outra pessoa determine o seu caminho é sinônimo de frustração e
sofrimento.
Por isso, para este curso, o sofrimento será apenas o
requerido pelo processo natural de construção de conhecimento, que exige disciplina,
constância e escolhas nem sempre fáceis, porém necessárias.
O autoconhecimento é importante neste contexto [e em todos
os outros, também!] porque é a partir dele que aprendemos a dizer não, quando
necessário, para o bom desenrolar desta aventura que é, por natureza, lenta e,
ao mesmo tempo, intensa. Este é o caminho para a satisfação. Este é o meu, ao menos!
Já que estamos falando de satisfação, vale registrar que
esta só aumenta quando, a cada leitura, os teóricos trazem como referências grandes
nomes da literatura, como Theodore W. Schultz, em seu clássico O Capital Humano | Investimentos em Educação
e Pesquisa, cita trecho da obra Intruder
in the Dust, de William Faulkner, ao dizer:
Na verdade, a característica mais assinalada do nosso sistema econômico é o crescimento que se observa no campo do capital humano. Sem este haveria apenas o trabalho rude, manual e a pobreza, à exceção daqueles que teriam renda advinda da propriedade. No livro de William Faulkner, Intrudes in the Dust, registra-se uma cena de manhã bem cedo de um pobre, solitário cultivador em labuta no campo. Permita-se que eu parafraseie esta linha: ‘O homem sem capacitações técnicas e sem conhecimentos apoiando-se terrificamente no nada.'
Abra a sua mente! Há muita coisa no mundo esperando a nossa apreciação!
😉
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