Cresci vendo meu pai com livros todas as noites, minha mãe com
revistas e lendo a Bíblia. Dede a infância sou estimulada a ler. Histórias em
quadrinhos e livros infantis, como a coleção dos Escoteiros-Mirins, da Disney, sempre
fizeram parte do ambiente doméstico o que, naturalmente, despertou a minha
curiosidade para descobrir o que existia naquelas páginas.
Discos de vinil, pequenos e grandes, pretos e coloridos, com
histórias infantis, como a dos Três Porquinhos e a da Bela Adormecida, também fizeram
parte do repertório de uma época na qual não se falava em audiobooks, apesar se já tê-los representados em várias
plataformas.
A obrigatoriedade da leitura dos clássicos da literatura
brasileira na escola e a abordagem, nem sempre adequada, para cobrar a compreensão
dos textos, me afastaram de nomes como Machado de Assis, com quem só fiz as pazes
já na fase adulta da vida.
Por outro lado, essa mesma cobrança me envolveu nos escritos
de José de Alencar, que rendeu a mim e ao meu grupo, um prêmio na feira de ciências,
no segundo ano do ensino médio. Pesquisamos sobre a vida e a obra do escritor
cearense! 😊
O contexto da minha formação pessoal não poderia me levar
para caminhos diferentes do da informação como matéria-prima do fazer
profissional. Assim cheguei ao Jornalismo, à vida acadêmica, à Administração e
à Educação como grande área para englobar tudo isso.
Essa trajetória requereu e requer leitura, reflexão, apropriação de conteúdos e produção de novas ideias. É assim que se dá a construção do
conhecimento. Mas, para que ele aconteça, é preciso comprometimento, o que só requer
significado para esta relação.
Para mim, a leitura representa a possibilidade de compreensão
da realidade com a qual interajo o tempo todo. A leitura leva à compreensão daquilo
que não é dito, da análise de comportamentos, da identificação de oportunidades.
A leitura leva à reconstrução do indivíduo enquanto ser, pois a cada novo
conhecimento apreendido, uma nova forma de olhar o mundo e interagir com ele é
produzida.
E, apesar de essas experiências serem maravilhosas, elas são
individuais e intransferíveis.
Há poucos dias perguntei no Instagram como as pessoas se
tornaram leitoras e todas as
respostas que recebi fizeram referências à influência familiar, desde a infância,
como aconteceu comigo.
Mas, e aqueles que não tiveram essa experiência? Como fazer?💭
É simples dizer: leia! E, acredite, também é simples fazer:
leia!
Para mostrar que é possível ler todos os dias e, assim,
desenvolver o hábito da leitura, começo hoje a mostrar como a leitura se
encaixa nos meus dias, registrando o que, quanto e o porquê li determinado texto,
assim como o significado da experiência para mim.
Sim, cada leitura tem significados e são eles que nos levam
a uma nova leitura, ao desejo de contato com um novo autor, a uma nova experiência
que nos formará e transformará enquanto seres, pessoal e profissionalmente.
Portanto, a partir de hoje, você terá a oportunidade de acompanhar
meu cotidiano de leituras, durante 365 dias!
Sinta-se à vontade para fazer o
mesmo e descobrir a mágica e o prazer neste hábito tão simples, mas tão rico, e que está
ao alcance de todos! 😉
⇒ Dia 1|365
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