Confesso que ler é muito mais fácil do que fazer o registro sobre
este hábito diariamente. Porém, como uma professora deste semestre explicou no
primeiro dia de aula, precisamos desenvolver nosso método [individual] de
registro crítico das leituras, pois é ele que nos leva à apropriação do
conhecimento com o qual nos colocamos em contato.
A perspectiva crítica leva o leitor ao nível seguinte e
revela a contribuição do autor à trajetória de formação dos leitores e este
exercício é um hábito que, como qualquer outro, pode e deve ser construído.
A consolidação desta prática de registro diário das leituras
é um dos objetivos a serem conquistados ao final dos 365 dias deste projeto.
Neste dia 4|365, a estratégia se manteve com a leitura nos
intervalos de atividades profissionais e pessoais que ocuparam os três turnos. A
praticidade do Kindle faz diferença em dias e rotinas assim.
Ao longo do dia, li dois capítulos e meio de Orgulho & Preconceito, de Jane
Austen, que, nesta etapa final da obra - faltam sete capítulos e meio para
concluir o livro - a autora inglesa nos
mostra o quanto nossos pré-julgamentos sobre pessoas e situações podem resultar
em equívocos com consequências significativas para a nossa vida e a do outro.
Quão vigorosamente ela se ofendia com cada desagradável sensação que sempre encorajara, cada frase insolente que já tinha dirigido a ele. Ela fora humilhada por si mesma; mas estava orgulhosa dele. Orgulhosa porque graças à compaixão e à honra, ele fora capaz de extrair o melhor dele.
O meio capítulo que li foi porque adormeci durante a leitura
que, definitivamente, ajuda a mente a se desconectar do mundo e relaxar. Quando
situações assim acontecem - e se acontecer, tudo bem! – procuro sempre parar ao
final de cada capítulo para não quebrar o raciocínio.
Já li e ouvi pessoas dizendo que quando chegam à reta final
do livro, economizam na leitura para não se separar do enredo. Eu não sofro
deste mal e, na verdade, meu sentimento é o contrário deste, pois quero conhecer
logo o desfecho e concluir a leitura.
Por causa disso, acabo deixando de lado as leituras que
estão mais lentas. George Martin e A Tormenta
de Espadas foram negligenciados nos últimos dois dias. Sem remorso! 😊
Vale dizer que em relação às leituras gerais, minha atividade
profissional também tem como matéria-prima a leitura e a pesquisa, mas este
conteúdo não está sendo registrado aqui, já que o objetivo é falar do hábito da
leitura extra ambiente de trabalho, mesmo que o conteúdo seja associado à
prática profissional.
Apesar de o conteúdo do Doutorado ser também de e para o
trabalho, considero que o material de estudo para o desenvolvimento da pesquisa
e das disciplinas estão em um segmento neutro entre trabalho e lazer. Trabalho
porque, sim, pesquisa é trabalho, mas estudar é um prazer que ocupa boa parte
dos meus dias e resulta em leituras importantes, mesmo que nem sempre agradáveis.
Por falar no Doutorado, na aula de ontem, a professora comentou
que leu três livros durante as férias e destacou que foram leituras não acadêmicas,
as quais considera muito importantes para a formação do pesquisador, do
profissional e do indivíduo em geral, pelo fato delas nos colocaram em contato
com perspectivas de mundo que ampliam nosso horizonte reflexivo, de
aprendizagem, de relações interpessoais e de repertório. Já amei!💓
Um dos destaques do dia foi a aquisição do livro Os Inovadores, de Walter Isaacson, por
dez golpinhos em uma feira que acontece até o final de agosto no Natal Shopping.
Um livro que traz Alan Turing na capa não pode ser ruim, ainda mais quando
abordado pelo jornalista e autor das biografias consagradas de Steve Jobs e
Einstein, por exemplo, com experiencia profissional relevante na CNN e Times.
Se você não conhece Alan Turing, indico o filme O Jogo da Imitação que conta como ele
ajudou a levar a Segunda Guerra Mundial ao fim após descobrir como decodificar
a máquina de criptografia dos nazistas, chamada Enigma. Tem na Netflix.
Assim, a lista de livros a serem lidos só aumenta. Devagar e
sempre!
Ótimo dia para você! 😉
⇒Dia 4|365
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