O Céu e o Inferno: leitura da noite de domingo |
Domingo é um dia que, apesar de o relógio biológico despertar
no horário habitual, me permito ficar deitada até um mais tarde, preparar um chá
e me jogar pelos caminhos traçados por Jane Austen, em Orgulho & Preconceito. Ontem, li três capítulos do livro, já no
terço final da obra publicada pela primeira vez em 1813, em Londres.
Um romance sobre os costumes da sociedade inglesa do século
XIX que revela muito sobre a natureza humana e como os pré-julgamentos que
fazemos do outro podem resultar em equívocos significativos em nossas vidas e
na do outro também.
A leitura de três capítulos pode parecer muito, mas no caso
deste livro de Jane Austen, eles são, em geral, curtos. Além disso, a narrativa
favorece o envolvimento do leitor no desenrolar dos fatos que interligam os
personagens da trama.
Este livro está sendo lido no formato e-book, no Kindle, e para
facilitar a leitura, ele está sempre comigo. Antes de dormir, o deixo à mão, no
criado-mudo. Como o PaperWhite não
mostra as páginas, como prometido, vamos contando por capítulos. Não pretendo
mais tocar no assunto da propaganda enganosa.
Depois do almoço, uma pessoa da minha família passou mal e a
programação do final da tarde, foi modificada. Aproveitei o momento de espera
para ler mais um capítulo de Orgulho e Preconceito
e, quando as coisas se acalmaram, reli oito páginas do texto de Theodore Schultz,
sobre O Capital Humano.
Pretendia concluir a leitura, mas textos acadêmicos não são romances
e têm um ritmo mais lento de apreensão do conteúdo. Além disso, minhas anotações
anteriores desviam a atenção, ao mesmo tempo em que retomam a compreensão anterior,
favorecendo a reflexão. O fato é, não adianta ter pressa, pois a qualidade da
leitura é mais importante que a quantidade.
Enquanto organizava minhas coisas para a semana, ouvi as edições
de 1° e 8 de agosto da Veja, no Ubook.
As análises sobre as eleições e o enfraquecimento das democracias no mundo são
preocupantes. Uma das coisas bacanas dessas reportagens são as dicas de livros
apontados como base para as reflexões feitas. Destaque para Ruptura. A crise da democracia liberal,
novo livro de Manuel Castells, e Fascism –
A warning, de Madeleine Albright, ex-secretária de Estado no governo de
Bill Clinton.
Reportagens como a que aborda a extinção dos rinocerontes
brancos e a que tratou sobre sequestro internacional de crianças, a partir do
caso de Sean Goldman, nos lembram que há muita coisa no mundo acontecendo que precisam
de nossa atenção.
A leitura de três páginas de O Céu e O Inferno, de Allan Kardec, integram a prática do Evangelho
no Lar. Por alguma razão que desconheço, o Ubook
não funcionou e a leitura acompanhada do áudio não aconteceu. Mas nem por
isso foi menos produtiva e /ou inspiradora.
Antes de dormir, ainda consegui ler duas páginas de A Tormenta de Espadas, terceiro volume de
As Crônicas de Gelo e Fogo, de George
Martin. O capítulo foi sobre Daenerys. Este tem sido, literalmente, meu livro
de cabeceira. Tento ler um capítulo por noite, mas nem sempre consigo. Assim já
passamos das 230 páginas, das quase 800 que compõem este livro, o mais extenso
da obra até aqui.
Este não foi um domingo de muita leitura, pois a vida a acontece
e, entre um fato e outro que nos envolve, recuperamos a concentração avançando pouco
a pouco. Devagar e sempre, mas mantendo a constância!
⇒ Dia 2/365
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