16 agosto 2018

Orgulho & Preconceito para relaxar


A leitura é uma das formas mais eficazes de descansar a mente e, consequentemente, o corpo. Esta afirmação pode parecer contraditória, mas só parece! Em tempos de domínio da tecnologia e intenso estímulo ao uso dos mais diversos equipamentos, se possível, nas 24 horas do dia, se jogar nas páginas de um livro é estratégia para mudar completamente de cenário e deixar em segundo plano as demandas do cotidiano.
Esta foi a receita utilizada nesta quarta-feira (15), dia em que as atividades são intensas em todos os horários. Esta realidade dificulta não só a leitura, mas a concentração de maneira geral. Isso requer o desenvolvimento de habilidades que se sobreponham às dificuldades e distrações inerentes aos contextos desta natureza.
Durante o dia, consegui ler apenas metade de um capítulo de Orgulho & Preconceito, de Jane Austen, nesta edição bilíngue da Landmark, que conta com 448 páginas. Aquele que não conclui porque adormeci no meio da leitura, agarrada com o Kindle, na noite anterior.
Mas foi no horário de dormir que, a mente ainda acelerada, encontrou afago nas palavras da escritora inglesa e, apesar do cansaço e da agitação do dia, conclui a leitura dos capítulos que faltavam, já ansiosa pelo contato com outras obras da autora, como Emma e Razão & Sensibilidade.
É claro que não é qualquer tipo de texto que favorece o descanso da mente e do corpo, como acontece com os escritor de Rayundo Faoro e Adam Smith por exemplo. Seja pelo tema e/ou pela estrutura narrativa.
O romance é sempre uma boa opção o final do dia. 💓

Orgulho & Preconceito

Publicado na Inglaterra do início do século XIX, no ano de 1813, Orgulho & Preconceito é um romance que retrata os costumes sociais da época, ao mesmo tempo em que revela traços da psicologia humana, a mútua influência entre esses aspectos e o impacto causado pelas rupturas ao socialmente aceitável.
A rígida moral de Elizabeth Bennet é transformada e flexibilizada com o desenvolvimento da obra, na medida em que a personagem percebe que os julgamentos que faz – assim como os que fazem dela - nem sempre estão de acordo com a realidade, pelo simples fato desta ser naturalmente complexa.
Assim, há por parte de Lizzy Bennet a compreensão sobre a relatividade dos fatos, da percepção a respeito deles e, por consequência, das pessoas.
O romance tem a família Bennet como núcleo central e as relações estabelecidas, especialmente, por Mrs. Bennet para casar as cinco filhas. A participação em bailes, as viagens para cidades vizinhas, como Londres e Brighton 💓, as amizades fortalecidas e as desfeitas, são exemplos de temas explorados na trama guiada pelos valores morais e sociais, assim como pelo aprendizado consequente deles.
Você deve aprender algo de minha filosofia. Pense apenas no passado quando sua lembrança lhe der prazer.
Leitura leve e que atravessa os séculos por tratar da mais pura essência humana. 😊
⇒Dia 5|365

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