O impossível é algo que não existe

Lidar com doenças é algo que requer resiliência, pois estar em constante contato com a fragilidade do outro não é fácil, mas pode representar significativo aprendizado aos envolvidos. Mais do que isso, pode e deve ser uma oportunidade de crescimento.

Esta é a proposta do trabalho desenvolvido na Casa de Apoio à Criança com Câncer Durval Paiva que, há 23 anos, oferece suporte aos pacientes e familiares em tratamento no Rio Grande do Norte, já atendeu 1500 crianças e foi reconhecida como a melhor instituição do Nordeste, no ano de 2017.

Para garantir hospedagem, alimentação, atendimento com equipe multidisciplinar de saúde e educação, além de oficinas de capacitação profissional aos acompanhantes, em uma infraestrutura própria, a Casa Durval Paiva conta com custo fixo mensal de cerca de R$ 350 mil, mantidos exclusivamente pelas doações de cerca de 20 mil pessoas que financiam as atividades que não param de ser ampliadas.

Para dar vida às atividades de benemerência, a equipe de profissionais da Casa Durval Paiva é composta por 101 colaboradores, com carteira assinada, dos quais, 50% integram a equipe de captação de recursos.

Desde o início das atividades da Casa, os dirigentes optaram por não depender do apoio governamental. “Para viabilizar as atividades precisamos do apoio da sociedade que quer ver resultados. Por isso, damos ênfase à transparência no uso dos recursos captados a partir da prestação de contas, auditorias e divulgação semanal de tudo o que é feito”, explica Rilder Campos, presidente da Casa Durval Paiva.

Rilder Campos é pai de Fernando, que teve câncer aos dois anos de idade, e foi tratado à época, na Filadélfia, nos Estados Unidos, onde a família teve o suporte do Instituto Ronald McDonald e se inspirou para montar uma casa nos mesmos moldes em Natal/RN. Fernando foi curado, ficou cego, em decorrência da doença, mas esta condição não o impediu de se formar em Jornalismo e ser atuante no trabalho realizado na Casa Durval Paiva.

Apesar do foco no tratamento de crianças e adolescentes com câncer, o clima na Casa é de saúde e novas perspectivas. “Nosso trabalho busca, primeiramente, difundir informação que possibilite o diagnóstico precoce e, em consequência disso, o resgate da cidadania dos pacientes e acompanhantes”, destaca Rilder Campos.

A Casa de Apoio à Criança com Câncer Durval Paiva é aberta à visitação, experiência que demonstra que por mais difícil que sejam as situações da vida, a perspectiva com a qual as observamos e escolhemos lidar com elas faz toda a diferença e deixa claro que o impossível é algo que não existe.

Doações podem ser feitas pelo site http://www.casadurvalpaiva.org.br/ . Mais informações: (84) 4006-1600.