Para acalmar a mente e o coração, a leitura de quatro
páginas de O Evangelho Segundo o Espiritismo, sobre Fé [Capítulo XIX, 1-7], lembrou que a força que nos move é a da certeza
da existência de uma energia superior que nos move e auxilia na remoção das
montanhas que surgem nosso caminho para tentar mudar nossa trajetória.
Essas montanhas têm nomes variados, como preconceito, egoísmo,
materialismo, orgulho, e por aí vai. Cada uma dessas montanhas cresce na medida
em que alimentamos esses sentimentos e percepções. Se, por outro lado,
fortalecermos nossa fé para cumprir o papel que nos é dado na construção da
Humanidade, o nosso foco passa a ser o amor incondicional que Jesus nos ensinou
como vivenciar.
O livre-arbítrio nos leva para um lado ou para o outro. É questão
de escolha, individual e intransferível, assim como as consequências dela. O
ponto de partida é a reflexão sobre si mesmo e a necessidade de reforma íntima
que apontará caminhos específicos para cada um de nós.
Essa perspectiva nos coloca diante da responsabilidade que
temos sobre nós mesmos. Não dá para terceirizar!
Ler muito nem sempre é sinônimo de qualidade. Este registro
do sábado, 18 de agosto de 2018, é um exemplo disso, pois foram poucas páginas,
mas de um significado imensurável!
A Sociedade Literária
e A Torta De Casca De Batata
Outro destaque do dia foi o filme A Sociedade Literária e A Torta De Casca de Batata, que estreou
neste mês na Netflix e se passa na Londras de 1946, pós-Segunda Guerra Mundial.
O filme retrata como era a vida das pessoas durante a
ocupação nazista, em especial na ilha de Guernsey, localizada no Canal da Mancha,
na costa da Normandia, e que apesar de não integrar o Reino Unido, é dependente
da coroa britânica.
As perdas pessoais e coletivas são retratadas no filme que
mostra que uma guerra resulta em males de consequências imprevisíveis. E é busca
pela superação de um passado recente que une a escritora Juliet Ashton e o fazendeiro Dawsey Adms, ela
em Londres e ele em Guernsey, por meio de cartas.
A correspondência trocada entre os dois revela que inesperada
criação de um clube de leitura, durante a guerra, foi responsável por fortalecer
os integrantes, pelo resgate de sua humanidade, inspirados nas páginas de
autores como Jane Austen; Mary Shelly; Anne, Charllote e Emily Bronte; e
Virgínia Woolf, por exemplo.
A private freedom to feel the world growing dark around all of you but you need only a can to see new worlds. Tha what we found in our Society. But I don’t need to tell you this. You already know what books can do.
Baseado em um livro homônimo, de Mary Ann Shaffer - que
já entrou para a lista dos livros a serem lidos -, publicado pela Editora
Rocco, com 304 páginas, o filme retrata
o poder que o livro tem de fortalecer e unir as pessoas, por compartilhar
experiencias, pensamentos, sensações e emoções.
If books do have the power to bring people together, this onde may work the magic.
O filme une literatura, história e a complexidade da formação
humana, em especial, durante um período de conflito como o da Segunda Guerra
Mundial que influenciou sobremaneira as relações pessoais e políticas
estabelecidas durante e depois do confronto.
Além do destaque dado à literatura como meio essencial de ligação
entre as pessoas, o protagonismo feminino ainda na primeira metade do século XX
é envolvente. Não por acaso, os autores mencionados e discutidos durante o filme
serem mulheres, o que só me fez lembrar do Leia
Mulheres Natal, que voltarei a integrar por causa da riqueza da experiência
tão bem retratada no longa-metragem.
Para quem gostou de Downton
Abbey, a atriz britânica Penélope Wilson, que deu vida á Isobel Crawley,
integra o elenco de A Sociedade Literária,
como Amelia. Um filme lindo para os amantes das palavras, dos livros, de história e da
sétima arte!
⇒Dia 8|365
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