Mesmo com algumas falhas no registro, a proposta de 365 dias
de leitura deste projeto tem sido uma excelente oportunidade de construção de
um diário com o registro das percepções sobre textos, personagens e autores com
os quais entro em contato.
Os dois últimos capítulos lido de A Tormenta de Espadas, Livro Três de As Crônicas de Gelo e Fogo, de George R. R. Martin, foram Arya e Bran. Duas crianças com, no máximo12 anos, que demonstram maturidade
superior à idade cronológica como consequência das experiências vividas durante
a guerra dos tronos.
Mesmo diante da necessidade de sobreviver, o texto de George
Martin deixa claro que apesar do amadurecimento antecipado, uma criança será
sempre uma criança e, sempre que tiver a oportunidade, vai demonstrar a necessidade
de amparo.
Em uma conversa com um mestre, conhecido pelo conhecimento e
habilidade de curar dores e enfermidades, Arya pergunta se ele consegue trazer
de volta à vida um homem decapitado, em uma clara menção ao pai, que teve a cabeça
cortada no início da saga.
Além do desejo de rever o pai, Arya revela o receio de que o
irmão, Robb, não pague por seu resgate, o que aumenta a insegurança da menina
que, ao lado de Tyrion, é minha personagem preferida.
O medo também permeia a fala de Bran que, ainda mais novo do
que a irmã Arya, ficou paraplégico após ser derrubado da janela por Jaime Lannister,
situação que o torna mais dependente e, consequentemente, resulta em mais medo
a enfrentar, apesar da postura madura que também apresenta para idade.
O lobo rodeou-o a distância, por trás de um espinheiro que gotejava e por baixo dos ramos nus de uma macieira. Conseguia ouvi-los conversando, e sentiu, sob os odores de chuva, folhas e cavalo, o fedor vivo e vermelho do medo...
Arya e Bran são crianças em situação de vulnerabilidade lutando
para sobreviver.
Finalmente, passei da página 400 e agora a leitura segue na
segunda metade do livro!😉
ð
Dia
49|365
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