No
final de 2016, reorganizando o processo de leituras, defini como meta para 2017
a leitura de um livro por semana, a ser sorteado na BookJar, o que resultaria
em 52 livros lidos no ano.
Sabia
que a meta era audaciosa e que requereria algumas adaptações para dar conta das
outras metas, tanto pessoais, quanto as profissionais, mas segui em frente!
Hoje,
ao olhar para trás e reviver os doze meses encerrados ontem, percebo que não apenas
foi mais fácil do que pensei, como extremamente proveitoso chegar ao resultado
de 61 livros lidos ao longo do ano.
Diminui
o tempo dedicado às redes sociais. Inseri a leitura obrigatória de algumas
páginas por dia. Descobri que a leitura antes do início das atividades
profissionais me ajuda a me concentrar mais facilmente. O Kindle e o livro da
vez se tornaram companheiros inseparáveis. Percebi que, mesmo com as inúmeras e
muitas vezes irresistíveis distrações, focar nas páginas impressas e/ou
digitais é questão de hábito, como qualquer atividade, e com o tempo a gente
pega o jeito.
Apesar
de todas as conquistas e de, ao final do ano, ter ficado com saldo de nove livros
a mais dos 52 planejados inicialmente, nem sempre consegui concluir a leitura em
uma semana, além de ter abandonado o sorteio na Book Jar no mês de fevereiro.
Sem
querer justificar, mas já justificando, me deixei levar por projetos literários,
como o da Tatiana Feltrin, “Lendo O Senhor dos Anéis”, de J.R.R.Tolkien. Me
rendi aos encantos de George Martin, em “As Crônicas de Gelo e Fogo”. Passei a
participar do grupo Leia Mulheres Natal (que experiência!!!), que me abriu para
novas autoras, algumas que ganharam cadeira cativa, como Virgínia Woolf, Maria Valéria
Rezende e Marjane Satrapi. Embarquei na viagem de Marcel Proust, “Em Busca do
Tempo Perdido” ❤. Segui meu instinto e me permiti testemunhar “A Cerimônia
do Adeus”, que Simone de Beauvoir presta a Jean-Paul Sartre e, neste caminho,
encontrei um homem de caráter questionável, mas de ideias impressionantes.
Intrigada pela ambivalência do autor, me permiti segui-lo pelos “Caminhos da
Liberdade” e já conclui “A Idade da Razão” com mais questionamentos do que no
inicio da trajetória.
Ainda
na perspectiva existencial, sofri com as angústias de Sylvia Plath em sua “A
Redoma de Vidro”, e descobri que ela também é nossa. Passei por obras
espíritas, filosóficas, teóricas, mas não menos marcantes, como Paulo Freire e
sua “Pedagogia do Oprimido”. Revisitei a história do Brasil, em “Agosto”, de Rubem
Fonseca; nas obras de Zuenir Ventura sobre o ano de 1968. Estive na Rússia em
duas ocasiões: Na Segunda Guerra Mundial, com Svetlana Aleksievitch, em “A
Guerra Não Tem Rosto de Mulher”, e no final do século XIX com aquele que se
tornou um novo amor, Liev Tolstói ❤, com sua “Anna Kariênina”.
Retornei
ao Brasil com as releituras das obras de Caco Barcellos, “Abusado - O Dono do Morro Dona Marta” e “Rota 66 - A História da Polícia que Mata”; me joguei
nos braços de Machado de Assis, Clarice Lispector, Dias Gomes, Nelson Rodrigues,
Mário de Andrade e Dráuzio Varella. Me aventurei na poesia de Ferreira Gullar e
Zila Mamede, enfrentei meu preconceito com best-sellers
com James C. Hunter, em “O Monge e o Executivo”, e continuei a viagem pelo
mundo, com “Otelo”, de Shakespeare; “Morte em Veneza”, de Thomas Mann; e no “Assassinato
no Expresso do Oriente;’, de Agatha Christie.
Adaptações
fazem parte da implementação de todo planejamento e ao refletir sobre esta trajetória
só posso dizer que o resultado valeu cada minuto de dedicação, inclusive aqueles
destinados aos livros que não gostei, pois cada um deles me abriu portas, me transformou.
As
metas e o planejamento para 2018 ainda estão em elaboração, mas a única certeza
é a continuidade desta viagem sem fim! Vamos? 😊
Você me inspira! No ano de 2017 não consegui cumprir minhas metas literárias, mas esse ano, sinto que será diferente! Te ler me motiva!
ResponderExcluirQue coisa boa te ter por aqui, Paty! As metas sempre nos desafiam e acredito que o mais é importante é não desistir e recomeçar quantas vezes forem necessárias. O desejo já temos! Fico feliz por saber que inspiro quem também me inspira! <3
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