05 junho 2017

A Bela e a Fera | Um conto de fadas


Escritas há mais de 260 anos, as cerca de quarenta páginas que compõem “A Bela e a Fera” representam um clássico da literatura universal por terem a capacidade de expor aos leitores das mais diversas faixas etárias a importância de refletirmos sobre os valores que escolhemos como balizadores de nossa conduta.

Publicado no ano de 1756, em Londres, por J.-M. Leprince de Beaumont, o conto de fadas narra a história de Bela e sua família, composta por duas irmãs, dois irmãos e o pai.

Por serem bonitas, terem posses e, portanto, representarem boas opções de casamentos, as três moças eram sempre cortejadas pelos rapazes à época. Porém, apesar de ser a mais bela das três, Bela não demonstrava interesse no matrimônio e afirmava que passaria seus dias fazendo companhia ao pai e lendo.

Mesmo com pretendentes, as irmãs tinham inveja de Bela e não se contentavam com as propostas que lhes eram feitas. Desejavam casar com os homens mais inteligentes, bonitos e ricos da cidade, o que as levava a esnobar os candidatos.

Tudo mudou quando a família de Bela perdeu todo o dinheiro e foi obrigada a se mudar para o campo. Os pretendentes desapareceram, pois, o interesse deles era muito mais destinado à fortuna do que às irmãs. A exceção desta situação era Bela que, sempre gentil, tinha a simpatia dos rapazes que, mesmo a moça tendo se tornado pobre, desejavam casar com ela.

Bela se manteve fiel ao pai e logo começou a valorizar as vantagens daquela vida mais simples. Trabalhava arduamente no campo enquanto as irmãs, mesmo nestas circunstancias, continuavam a trata-la mal.

Um dia, quando o pai de Bela voltava do porto, encontrou um belo castelo iluminado, onde entrou e, apesar de não encontrar ninguém, teve jantar e local para descansar. No dia seguinte, arrancou uma rosa do jardim para presentear Bela. Neste momento, a Fera, que era dona do castelo, apareceu e amaldiçoou o pai por ter arrancado a flor, dizendo que ele deveria trocar de lugar com a filha, que deveria morrer pelo crime cometido pelo pai.

No dia seguinte, com total apoio das irmãs, mas contra a vontade do pai, Bela segue para o castelo, onde é recebida pela Fera que não só não a mata, como a trata como uma rainha, com delicadeza e luxo.

O convívio faz com a Bela e a Fera conheçam o interior um do outro e nos leva a refletir a respeito das aparências, das relações baseadas em interesses e da necessária honestidade com os próprios sentimentos.

A Bela e a Fera nos convidam a olhar o outro em essência e, por mais clichê que possa parecer, é um texto bastante atual em uma época na qual temos valido mais pelo que mostramos do que por aquilo que realmente somos. As redes sociais são exemplo disso!

Vale a leitura!






Podemos nos corrigir do orgulho, da cólera, da gula e da preguiça. Mas a conversão de um coração mau e invejoso é uma espécie de milagre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário