Publicado
pela primeira vez em 1890, O Retrato de
Dorian Gray, de Oscar Wilde, é um livro que traz à tona reflexões sobre a
essência do ser humano e a luta de cada indivíduo com a própria consciência.
Dorian
Gray é um jovem inglês de 17 anos que encanta a todos da sociedade londrina por
sua beleza, materializada em um quadro pelo artista Basil Hallward, obsecado
pela beleza de Dorian. O sentimento de Basil é expresso no quadro que Dorian
Gray recebe de presente.
Impressionado
com a própria beleza, sob a influencia do aristocrata amigo de Basil, Henry
Wotton, Dorian decide não mostrar o quadro a ninguém, pois ele representa sua
própria beleza cristalizada no tempo, enquanto ele está fadado ao
envelhecimento e a perda da juventude.
O
egoísmo, a busca pelo prazer e a indiferença em relação ao outro são
características que se destacam na personalidade de Dorian Gray que, com o
passar dos anos, tem a beleza física intacta, na medida em que a fisionomia dele,
registrada no quadro – mantido no sótão – expressa as mudanças que o tempo e a
natureza impõem a todos, assim como o caráter que a consciência não é capaz de
esconder.
Esta
versão do livro de Oscar Wilde, publicado em edição bilíngue pela editora Landmark
(2014), conta com 1724 páginas, na versão e-book Kindle, nas quais estão
distribuídos os 13 capítulos originais publicados nos Estados Unidos, tendo em
vista que a edição britânica passou por edição que suavizou a temática abordada.
O Retrato de Dorian Gray é considerado um clássico da literatura
inglesa e, só por esta razão, já mereceria ser lido, porém, o texto de Oscar
Wilde e a forma como desenvolve a trama levam o leitor a refletir sobre valores
e escolhas, o que, por si só, faz valer a leitura.
Diferencio muito bem as pessoas. Escolho meus amigos por sua boa aparência, meus conhecidos pelo caráter, e meus inimigos pelo intelecto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário