25 junho 2018

Wilde | O primeiro homem moderno


Há alguns dias conclui a leitura de O retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde, e apesar de ter gostado do texto, a narrativa não me mostrou o porquê de tanto alvoroço em torno desta obra. Porém, tudo mudou depois de assistir ao filme Wilde | O primeiro homem moderno, com Stehen Fry e Jude Law, com direção de Brian Gilbert, que integra a Coleção Folha Grandes Biografias no Cinema, lançada em 2016.

O filme, inspirado na vida de Oscar Wilde, revela a luta de um homem contra a hipocrisia da sociedade inglesa do século XIX. Mais do que isso, a trajetória de Wilde revela a luta interna contra as incoerências do homem descobertas em si mesmo. E é exatamente disso que trata O retrato de Dorian Gray, único romance do escritor inglês, natural de Dublin.

A temática por si só já vale a leitura, mas ao identificar os aspectos autobiográficos da obra - inclusive a homossexualidade do autor, descoberta depois do casamento e do nascimento dos dois filhos, segundo o filme -, encontrei a explicação para o sucesso do livro, considerado um escândalo à época do lançamento.  A primeira publicação de O retrato de Dorian Gray aconteceu em 1890.

Mais do que a explicação para o sucesso literário de Wilde, o filme revela a intensidade da vida e do sofrimento enfrentado pelo escritor que dedicou a vida à arte e à liberade, sendo inclusive considerado ícone do dandismo, precursor dos movimentos emo e metrossexual.

Outro destaque do filme esta na similaridade física entre o escritor e o ator Stephen Fry, que o interpreta, e que também é homossexual. De acordo com as informações publicadas no livreto que acompanha o filme, Fry foi indicado ao Globo de Ouro e conquistou um prêmio no Festival de Seattle pela interpretação de Oscar Wilde.

Por causa do romance com o lorde Alfred Douglas – o Dorian Gray de Wilde - , foi condenado a dois anos de prisão e trabalhos forçados. O período em que esteve debilitou a saúde de Wilde que morreu em 30 de novembro de 1900, em Paris, aos 46 anos, vítima de meningite, mas não sem se tornar um dos escritores e dramaturgos mais importantes da língua inglesa.

Agora vamos à leitura dos contos! 😊

Muitas pessoas são outras pessoas. Suas ideias são opiniões de outros, suas vidas, uma imitação, e suas paixões, uma citação.
Para ler a resenha sobre O retrato de Dorian Gray clique aqui!

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