Desde janeiro de 2018, a Netflix exibe, a cada mês, um
episódio da série My next guest needs no
introduction, com o produtor, apresentador e humorista norte-americano
David Latterman. Aposentado da televisão americana, Latterman se dedicou a
entrevista e ao entretenimento de 1982 a 2015.
A série apresentada na Netflix apresenta uma grande reportagem
a cada episódio, com personalidades que, como o nome do programa diz, não precisam
de apresentação.
O primeiro entrevistado de Latterman foi o ex-presidente
Barack Obama, sendo, nos meses posteriores, seguido por George Clooney e Malala
Yousafzai. O que os três têm em comum é o trabalho que desenvolvem em prol da
comunidade.
A entrevista com Malala Yousafzai, liberada no início de março,
aproxima o espectador da história da jovem que completa 21 anos neste ano, mas
que aos 15 anos foi vítima de um atentado ao ser baleada por integrantes do
Talibã e aos 17 anos recebeu o prêmio Nobel da Paz (2014).
Paquistanesa, Malala foi de encontro a cultura talibã que é
contrária ao acesso à educação por meninas e mulheres. Filha de um professor,
Malala tem no pai o exemplo da resistência e, mesmo ainda jovem, passou a lutar
pelo acesso das meninas à educação.
Desde o atentado, em 2012, Malala vive no Reino Unido e, atualmente,
é aluna de Política, Filosofia e Economia na Universidade de Oxford.
Vale muito assistir à série de entrevistas para conhecer
mais detalhes a respeito da atuação dos entrevistados, como ser um bom
entrevistador e, despertar a atenção para novos conhecimentos. Por causa do
programa, já quero ler Eu sou Malala,
escrito pela jornalista Christina
Lamb e publicado pela Companhia das Letras. 😊
O rapper Jay-Z será o próximo entrevistado de David Latterman.
Eu sou Malala | A história da garota que defendeu o direito à educação e foi baleada pelo talibã
Quando o Talibã tomou controle do vale do Swat, uma menina
levantou a voz. Malala Yousafzai recusou-se a permanecer em silêncio e lutou
pelo seu direito à educação. Mas em 9 de outubro de 2012, uma terça-feira, ela
quase pagou o preço com a vida.
Malala foi atingida na cabeça por um tiro à queima-roupa
dentro do ônibus no qual voltava da escola. Poucos acreditaram que ela
sobreviveria.
Mas a recuperação milagrosa de Malala a levou em uma viagem
extraordinária de um vale remoto no norte do Paquistão para as salas das Nações
Unidas em Nova York. Aos dezesseis anos, ela se tornou um símbolo global de
protesto pacífico e a candidata mais jovem da história a receber o Prêmio Nobel
da Paz.
Eu sou Malala é a história de uma família exilada pelo
terrorismo global, da luta pelo direito à educação feminina e dos obstáculos à
valorização da mulher em uma sociedade que valoriza filhos homens.
O livro acompanha a infância da garota no Paquistão, os
primeiros anos de vida escolar, as asperezas da vida numa região marcada pela
desigualdade social, as belezas do deserto e as trevas da vida sob o Talibã.
Escrito em parceria com a jornalista britânica Christina
Lamb, este livro é uma janela para a singularidade poderosa de uma menina cheia
de brio e talento, mas também para um universo religioso e cultural cheio de
interdições e particularidades, muitas vezes incompreendido pelo Ocidente.
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