18 março 2018

My next guest needs no introduction


Desde janeiro de 2018, a Netflix exibe, a cada mês, um episódio da série My next guest needs no introduction, com o produtor, apresentador e humorista norte-americano David Latterman. Aposentado da televisão americana, Latterman se dedicou a entrevista e ao entretenimento de 1982 a 2015.

A série apresentada na Netflix apresenta uma grande reportagem a cada episódio, com personalidades que, como o nome do programa diz, não precisam de apresentação.

O primeiro entrevistado de Latterman foi o ex-presidente Barack Obama, sendo, nos meses posteriores, seguido por George Clooney e Malala Yousafzai. O que os três têm em comum é o trabalho que desenvolvem em prol da comunidade.

A entrevista com Malala Yousafzai, liberada no início de março, aproxima o espectador da história da jovem que completa 21 anos neste ano, mas que aos 15 anos foi vítima de um atentado ao ser baleada por integrantes do Talibã e aos 17 anos recebeu o prêmio Nobel da Paz (2014).

Paquistanesa, Malala foi de encontro a cultura talibã que é contrária ao acesso à educação por meninas e mulheres. Filha de um professor, Malala tem no pai o exemplo da resistência e, mesmo ainda jovem, passou a lutar pelo acesso das meninas à educação.

Desde o atentado, em 2012, Malala vive no Reino Unido e, atualmente, é aluna de Política, Filosofia e Economia na Universidade de Oxford.

Vale muito assistir à série de entrevistas para conhecer mais detalhes a respeito da atuação dos entrevistados, como ser um bom entrevistador e, despertar a atenção para novos conhecimentos. Por causa do programa, já quero ler Eu sou Malala, escrito pela jornalista Christina Lamb e publicado pela Companhia das Letras. 😊

O rapper Jay-Z será o próximo entrevistado de David Latterman.


Eu sou Malala | A história da garota que defendeu o direito à educação e foi baleada pelo talibã


Quando o Talibã tomou controle do vale do Swat, uma menina levantou a voz. Malala Yousafzai recusou-se a permanecer em silêncio e lutou pelo seu direito à educação. Mas em 9 de outubro de 2012, uma terça-feira, ela quase pagou o preço com a vida.
Malala foi atingida na cabeça por um tiro à queima-roupa dentro do ônibus no qual voltava da escola. Poucos acreditaram que ela sobreviveria.
Mas a recuperação milagrosa de Malala a levou em uma viagem extraordinária de um vale remoto no norte do Paquistão para as salas das Nações Unidas em Nova York. Aos dezesseis anos, ela se tornou um símbolo global de protesto pacífico e a candidata mais jovem da história a receber o Prêmio Nobel da Paz.
Eu sou Malala é a história de uma família exilada pelo terrorismo global, da luta pelo direito à educação feminina e dos obstáculos à valorização da mulher em uma sociedade que valoriza filhos homens.
O livro acompanha a infância da garota no Paquistão, os primeiros anos de vida escolar, as asperezas da vida numa região marcada pela desigualdade social, as belezas do deserto e as trevas da vida sob o Talibã.
Escrito em parceria com a jornalista britânica Christina Lamb, este livro é uma janela para a singularidade poderosa de uma menina cheia de brio e talento, mas também para um universo religioso e cultural cheio de interdições e particularidades, muitas vezes incompreendido pelo Ocidente.

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