Pode
parecer clichê, mas é a mais pura verdade, a leitura expande o horizonte de
quem se aventura pelas páginas dos livros e histórias são contadas.
As
conexões que fazemos a partir de cada experiência vivenciada nas leituras só
conhece aqueles que se colocam em contato com a narrativa criada por alguém, tão
sedento por conhecimento quanto os que buscam saber mais sobre o que desperta a
curiosidade.
Porém,
por mais que a leitura seja, de fato, o caminho para novos mundos e a possibilidade
de formação de um novo e inédito arcabouço teórico que, sim, mudará sua forma
de perceber e interagir com o mundo, não dá para confiar 100% na memória.
O resgate das experiências anteriores
acontece de maneira inesperada. São os insights
que acontecem quando menos esperamos.
Comigo, eles são frequentes durante
a prática de atividades física, durante a corrida, em especial. Eles surgem rapidamente
e fazem perceber que, na verdade, sempre estiveram ali.
Mas como fazer para não depender
desses momentos aleatórios de inspiração?
O hábito da escrita é a solução!
Marcar textos e livros são técnicas
auxiliares deste processo, mas a escrita leva à fixação do conteúdo, seja ele
qual for. Isso acontece porque permite a quem escreve o registro da compreensão
que teve do conteúdo abordado e que pode ser consultado, sempre que necessário.
Dá trabalho?
Sem dúvida que sim!
Mas, mais trabalhoso é o retrabalho
de reler e/ou a incerteza sobre as informações que se quer e precisa para
determinado fim, seja ele acadêmico ou não.
Foi por causa disso que me permiti
interagir mais com os livros e textos. Nada de leituras na tela do computador.
Imprimo todos, faço marcações e anotações ao longo das páginas, marco trechos com
post-it para mais fácil localização, para depois transformar tudo em um resumo ou
resenha.
Quando o livro é de biblioteca e, por
esta razão, não permite marcações e anotações, o fichamento é a alternativa.
Apesar de lenta, esta opção é totalmente eficaz no processo de aprendizagem.
Como é possível perceber, sou uma
pessoa que precisa do contato com o papel e o lápis para melhor apreensão do
conteúdo, mas cada pessoa tem uma forma de aprendizado que se adequa mais aos
resultados esperados. Neste ponto, o autoconhecimento é fundamental!
Alias, existe algo na vida no qual
o autoconhecimento não seja o ponto de partida?
Desconheço, mas este é tema para
outro texto.
O importante aqui é perceber que independente
do tipo de texto e/ou o objetivo da busca por informação, a apreensão se dá em um
processo cíclico que integra leitura, interação com o texto, escrita e memorização.
Vale destacar que não estamos
falando na memorização para decorar -
algo que nunca consegui na vida!-, mas sim a apropriação individual de
uma nova forma de ver o mundo e de ampliação do repertorio que te levará à novas
e inesperadas experiências.
Por isso, não tenha pressa!
O conhecimento é construído gradativamente,
dia após dia, leitura a após leitura, texto elaborado após texto elaborado.
Devagar e sempre!O caminho é fantástico. Permita-se!Se você quer ir além, nada te impede de ir aos textos. Haverá dificuldades, por certo. Mas nada substitui a leitura. [Clóvis de Barros Filho & Júlio Pompeu | A filosofia explica grandes questões da humanidade]
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