03 maio 2017

Sobre livros e metas

As leituras que fazemos nos ajudam a formar nossa percepção de mundo, fortalecem e/ou nos levam a questionar os valores que nos orientam no cotidiano. Tendemos a permanecer na zona de conforto até mesmo neste aspecto, seja em relação às leituras teóricas e acadêmicas, quanto nas de lazer.

Aos que ainda não se renderam a este hábito capaz de nos guiar pelas mais diversas viagens, pode parecer estranha a divisão dos tipos de leitura e até incompreensível a iniciativa de pegar um livro para ler, depois de um dia inteiro de estudos ou trabalho, afinal, tudo o que se quer é relaxar. Mas, os livros têm esse poder!

É claro que há títulos e títulos e não dá para querer ter a mesma desenvoltura cognitiva diante das letras de Adam Smith e a sua "Riqueza das Nações" no momento em que o cansaço já tomou conta do corpo, em comparação ao que é possível fazer nas primeiras horas da manhã, após uma noite bem dormida.

Antes de dormir, textos leves de gênero a depender do gosto do leitor. Tudo vale! De quadrinhos e mangás aos grandes romances, pois é assim que vamos descobrindo e moldando nosso perfil literário, refinando as escolhas.

Neste ano tenho me aventurado pelas leituras concomitantes, respeitando os horários, certa dinâmica na distribuição dos títulos (nem sempre seguida), um diário de leituras (com o registro do título lido no dia e a quantidade de páginas e/ou porcentagem, se for e-book) e um calendário com o registro de livros lidos a cada mês.

Até o dia 30 de abril, conclui a leitura de 13 livros. Apesar de a meta para este ano ter sido de um para cada semana, o que significa dizer que estou devendo quatro, estou satisfeita. Ainda restam dois terços do ano para me recuperar. J 

Outra coisa que também não cumpri foi a leitura exclusiva dos livros sorteados na Book Jar, na lista #toberead , pois além de ter comprado novos títulos, fiz escolhas completamente aleatórias de títulos e não conclui (ainda) o último sorteado, que foi “A República”, de Platão.

Mas não vamos falar apenas do que não fiz, certo?

O mês de abril foi de uma significativa retomada no ritmo de leitura, com direito a alguns textos por aqui também. Foram cinco livros lidos: “Segundo Tratado do Governo Civil”, John Locke; “História do Rio Grande do Norte – Império e República”, Marlene Mariz e Luiz Eduardo Suassuna; “Do Contrato Social”, Jean-Jacques Rousseau; “O 18 de Brumário de Louis Bonaparte”, Karl Marx; e “O Senhor dos Anéis 2 – As Duas Torres”, J. R. R. Tolkien.

O segundo mês de maior rendimento foi janeiro com: “Jornalismo Literário”, Felipe Pena; “As Crônicas de Gelo e Fogo 1 – A Guerra dos Tronos”, George Martin; “A Riqueza das Nações – Volume I”, Adam Smith; e “Roberto Marinho”, Pedro Bial.

Nos meses de fevereiro e março li dois livros em cada um, nesta ordem: “E-commerce”, Eduardo Ramos; “Imagens das Organizações”, Gareth Morgan; “O Senhor dos Anéis 1 -  A Sociedade do Anel”, J. R. R. Tolkien; e “História do Rio Grande do Norte Colonial”, Marlene Mariz e Luiz Eduardo Suassuna.

No momento, estou lendo (devagar e sempre!) “O Livro os Espíritos”, Allan Kardec; “As Crônicas de Gelo e Fogo 2 -  A Fúria dos Reis”, George Martin; “Em Busca do Tempo 1 – No caminho de Swann”, Marcel Proust; “Corrupção: Parceria Degenerativa”, Clóvis de Barros Filho; e “O Senhor dos Anéis 3 – O Retorno do Rei”, J. R. R. Tolkien.

Por alguma razão que o subconsciente explica, este ano me apeguei às longas histórias, assim como a alguns clássicos. Até aqui, os encontros têm sido bem produtivos, mesmo quando o livro não é tão bom, como é o caso dos de História do RN. Ainda assim, o conteúdo não se perde, nos leva a outras referências e ajuda na nossa formação enquanto ser. Por isso, leia sempre! 
Se acaso me sucedia encontrar em um livro seu alguma ideia que já me ocorrera, meu coração se dilatava, como se um Deus, em sua bondade, ma houvesse devolvido, declarando-a legítima e bela. Acontecia às vezes que uma página sua dizia as mesmas coisas que eu costumava escrever de noite a minha avó e a minha mãe, quando não podia dormir, de sorte que aquela página de Bergotte parecia uma coleção de epígrafes para serem colocadas no alto das minhas cartas.
 Marcel Proust | Em Busca do Tempo Perdido I -  No caminho de Swann

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