As leituras que fazemos nos ajudam a formar nossa percepção
de mundo, fortalecem e/ou nos levam a questionar os valores que nos orientam no
cotidiano. Tendemos a permanecer na zona de conforto até mesmo neste aspecto,
seja em relação às leituras teóricas e acadêmicas, quanto nas de lazer.
Aos que ainda não se renderam a
este hábito capaz de nos guiar pelas mais diversas viagens, pode parecer
estranha a divisão dos tipos de leitura e até incompreensível a iniciativa de
pegar um livro para ler, depois de um dia inteiro de estudos ou trabalho,
afinal, tudo o que se quer é relaxar. Mas, os livros têm esse poder!
É claro que há títulos e títulos
e não dá para querer ter a mesma desenvoltura cognitiva diante das letras de
Adam Smith e a sua "Riqueza das Nações" no momento em que o cansaço já tomou
conta do corpo, em comparação ao que é possível fazer nas primeiras horas da
manhã, após uma noite bem dormida.
Antes de dormir, textos leves de
gênero a depender do gosto do leitor. Tudo vale! De quadrinhos e mangás aos
grandes romances, pois é assim que vamos descobrindo e moldando nosso perfil literário, refinando as escolhas.
Até o dia 30 de abril, conclui a
leitura de 13 livros. Apesar de a meta para este ano ter sido de um para cada
semana, o que significa dizer que estou devendo quatro, estou satisfeita. Ainda
restam dois terços do ano para me recuperar. J
O segundo mês de maior rendimento
foi janeiro com: “Jornalismo Literário”, Felipe Pena; “As Crônicas de Gelo e Fogo 1
– A Guerra dos Tronos”, George Martin; “A Riqueza das Nações – Volume I”, Adam
Smith; e “Roberto Marinho”, Pedro Bial.
Nos meses de fevereiro e março li
dois livros em cada um, nesta ordem: “E-commerce”, Eduardo Ramos; “Imagens das
Organizações”, Gareth Morgan; “O Senhor dos Anéis 1 - A Sociedade do Anel”, J. R. R. Tolkien; e
“História do Rio Grande do Norte Colonial”, Marlene Mariz e Luiz Eduardo
Suassuna.
Por alguma razão que o
subconsciente explica, este ano me apeguei às longas histórias, assim como a
alguns clássicos. Até aqui, os encontros têm sido bem produtivos, mesmo quando
o livro não é tão bom, como é o caso dos de História do RN. Ainda assim, o
conteúdo não se perde, nos leva a outras referências e ajuda na nossa
formação enquanto ser. Por isso, leia sempre!
Se acaso me sucedia encontrar em um livro seu alguma ideia que já me ocorrera, meu coração se dilatava, como se um Deus, em sua bondade, ma houvesse devolvido, declarando-a legítima e bela. Acontecia às vezes que uma página sua dizia as mesmas coisas que eu costumava escrever de noite a minha avó e a minha mãe, quando não podia dormir, de sorte que aquela página de Bergotte parecia uma coleção de epígrafes para serem colocadas no alto das minhas cartas.
Marcel Proust | Em Busca do Tempo Perdido I - No caminho de Swann
Nenhum comentário:
Postar um comentário