Uma das coisas mais bonitas de se ver em Londres é a harmonia
entre o cinza do céu e o aconchego da cidade. Equívoco pensar que o senso-comum
está correto, neste caso, ao associar o cinza a uma perspectiva sufocante. Não é.
Na verdade, é o oposto disso.
O que sufoca é nebulosidade das ações. A falta de clareza
nos propósitos. As medidas tomadas com base em subterfúgios que mas tem o
objetivo de mascarar os verdadeiros interesses dos agentes da ação que só
querem ludibriar os que creem no discurso.
Em períodos assim é difícil encontrar forças para manter a
luz. Mas é o que é necessário fazer. O incômodo fortalece a vontade de se
fechar para o mundo, de ignorar os fatos e as narrativas. Mas depois de
respirar fundo e refletir um pouco, percebemos que não dá. Omissão não é, nem
nunca foi opção.
As vezes é preciso, sim, recuar, tomar fôlego e recuperar a
energia para enfrentar um dia de cada vez.
Neste sentido, a leitura também é um balsamo que inspira, fortalece e
motiva.
Dois meses depois de pegar Emma, de Jane Austen, emprestado na Biblioteca Central Zila Mamede,
da UFRN, o devolvi nesta semana sem ter concluído a leitura. Ficaram faltando
12 capítulos dos 55 que compõem a obra e que seriam lidos quando a minha edição
trocada pelos pontos da Saraiva chegar. A entrega está prevista para o início
de novembro. À espera!
Restam cerca de 150 páginas do romance que mistura diversos
personagens e personalidades em um ambiente marcado pelo conservadorismo da
Inglaterra do século XIX. A espera para a
conclusão foi minimizada porque o livro de Jane Austen está disponível no
Kindle Unlimited e, por causa disso, já estou acompanhando, novamente, o que
acontece em Hartfield.
Enfrente suas batalhas com as armas que tiver. As minhas
estão nos livros!
Resista e curta a paisagem!
⇒ Dia 78|365
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