Na Era do Conhecimento, pensar a comunicação de uma maneira
racional parece ser algo redundante, já que nos comunicamos a todo momento. Mas
será que a troca de mensagens pode ser considerada como um processo de comunicação
e, mais do que isso, eficaz?
Ao observar nossas relações, as causa e soluções dos problemas
enfrentados no mundo nos levam a perceber que não, a eficácia da comunicação não
é resultante simplesmente da troca de informações. E, por mais que nossa vida
seja cada vez mais envolvida por m volume absurdo de dados, isso não significa
que estamos compreendendo as mensagens que estão sendo transmitidas e/ou nos
fazendo compreender.
Juan E. Diáz Bordenave, no livro O que é comunicação, publicado pela Editora Brasiliense (1997),
como parte integrante da Coleção Primeiros Passos, nos leva a refletir, por
meio de um texto simples e objetivo, sobre a comunicação enquanto instrumento de
socialização e representação cultural.
Em apenas 100 páginas editadas em formato de bolso, a obra leva
o leitor por uma viagem que vai desde a pré-história até a modernidade para
mostrar a evolução do processo de comunicação, do estabelecimento de signos, da
estruturação do discurso, dos meios de comunicação de massa e da indústria cultural
e, mais do que isso, como a sociedade é reflexo da nossa capacidade de
comunicar que, por sua vez, também é reflexo da sociedade na qual estamos
inseridos.
A perspectiva do poder da comunicação e da comunicação enquanto
poder não poderiam ficar de fora deste relato que nos mostra que é
verdadeiramente impossível não comunicar, mas que precisamos, cada vez mais nos
preocupar com a racionalização deste processo, pois é a construção do conhecimento
que nos levará a novos e melhores níveis de sociedade.
É necessário compreender que a comunicação não inclui apenas as mensagens que as pessoas trocam deliberadamente entre si. Além das mensagens trocadas conscientemente, com efeito, muitas outras são trocadas sem querer, numa espécie de paracomunicação ou paralinguagem.
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