19 abril 2017

Faltam cores na paleta dos cinquenta tons

Não sou muito de seguir a moda e quando a trilogia sobre a história de Anastasia e Christian Grey foi lançada, não tive interesse na leitura, apesar de ver pessoas – literalmente -  enlouquecidas pelas peripécias sexuais narradas nos livros. Quando o filme “Cinquenta tons de cinza” estreou no cinema, no início de 2015, também não tive interesse, mas acabei assistindo pela internet, no final daquele ano.

O romance entre Anastasia e Christian Grey é envolvido pelas preferências sadomasoquistas dele. Em relação ao primeiro filme, a melhor parte (para mim) é quando ele diz que vai leva-la para conhecer a sala de jogos e quando os dois chegam a porta do quarto ela pergunta se naquele quarto tem Xbox. Chorei! Rs...

Anastasia logo descobre que os jogos são bem mais intensos e o filme termina com o fim do relacionamento entre os dois, porque ela não aceita as regras do jogo impostas por Grey.

O segundo filme da trilogia foi lançado no dia 9 de fevereiro de 2017. Em “Cinquenta tons mais escuros” temos a nítida impressão do desejo do diretor, James Foley, de abordar tudo o que o livro traz em um pequeno espaço de tempo. Claro, não consegue. E olha que nem li o livro, mas nem é preciso para identificar a inserção de personagens que deveriam ter relevância, mas ficam soltas na trama.

Nesta segunda parte da obra, Anastasia (Dakota Johnson) aceita recomeçar o relacionamento com Grey (Jamie Dornan), mas impõe as próprias regras. No filme também há a tentativa de explorar as questões psicológicas que despertaram o perfil sádico de Christian Grey. Neste sentido, o fato de Anastasia não ceder aos caprichos do dominador Grey, explicam a obsessão dele por ela, a única a não o obedecer.

Em termos sexuais, o segundo filme é bem mais explícito que o primeiro, o que particularmente, achei estranho para uma classificação de 16 anos. Aliás, assisti ao filme em uma sessão às 17 horas e quando fui retirar o ingresso tinham apenas três cadeiras vagas.

O frenesi das pessoas na sala do cinema ao ver Grey é algo que eu realmente não entendo. Gritos, fotos, suspiros e sussurros não faltam na plateia. Chega a ser hilário! Assim como o desconhecimento dos jovens.

Ao meu lado, duas adolescentes se questionam quem era a “velha” que interpreta Elena Lincoln, responsável por apresentar Christian Grey ao mundo sadomasoquista. Nada menos do que Kim Basinger, uma das personagens subaproveitadas no filme. Ah, essa juventude desinformada! Rs...
Para conseguir dominar Anastasia, Christian Grey adota uma postura de “namorado normal”, como ela requer, mas tenho minhas dúvidas se as intenções dele são honestas ou apenas uma forma de conquistar o domínio sobre ela que tanto almeja. Só assistindo para tirar as próprias conclusões e se preparar para a terceira parte da história. Ou não, né?!


Se eu indico? Bem, se não tiver nada mais interessante mesmo para fazer, assista. Em relação aos livros de E. L. James, publicados pela Editora Intrínseca, continuo sem pretensão de ler. Gosto de cores e estas faltam na paleta das tonalidades de cinza.

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