Algumas pessoas me questionaram a respeito da metodologia escolhida para cumprir o desafio literário, que tem como meta a leitura de um livro não didático por semana. A pergunta é se esta não seria ousada demais. A resposta é: sim e não.
Esta não é uma meta ousada demais porque para cumpri-la é preciso ler 20 páginas por dia. Se observarmos o tempo excessivo que gastamos com redes sociais, televisão e/ou coisas improdutivas, é possível perceber que este número de páginas não é elevado. Podemos otimizar o uso das horas e das ferramentas. Uma dica é observar quanto tempo, em média, você leva para ler esta quantidade de páginas.
É claro que, a depender do texto escolhido, este tempo sofrerá alterações. Leituras mais densas exigirão mais esforço - literalmente. É neste ponto que a resposta ao questionamento sobre a ousadia da meta muda de não para sim.
Qualquer leitura exige dedicação e disciplina. E inserir mais um compromisso na rotina de trabalho e estudos é algo que pode se tornar mais penoso do que divertido, um dos propósitos do desafio, que é o de possibilitar a percepção da prática da leitura como entretenimento também. É importante lembrar que o foco está nos livros de conteúdo não acadêmico, apesar deles poderem apresentar temas afins. Natural partirmos do pressuposto que a leitura referente ao seu trabalho é do seu interesse não e apenas didático.
Esta é uma oportunidade de criar novos hábitos e superar as barreiras que, muitas vezes, são impostas por nós mesmos para justificar certa inércia. Dizem que somos nossa melhor desculpa. Vamos desmentir essa assertiva, ok?
Então, como eu faço? No dia de início da leitura, marco o conteúdo do texto a ser lido por dia, a cada 20 páginas, com um post-it, no qual a data para leitura daquela parte é ali escrita.
Se reconhecermos o livro como “uma das mais revolucionárias invenções do homem”, como é dito no prefácio da edição de Esaú e Jacó, publicada pela Editora Martin Claret, em 2005, é possível perceber que esta invenção nos permite conhecer o mundo, além da superficialidade cotidiana. Para isso, basta que façamos uso do conteúdo que está à nossa disposição. Permita-se ir além!
É fácil perceber que o livro desta semana é Esaú e Jacó, de Machado de Assis, que já está com marcação feita e leitura devidamente iniciada. Esta é uma das tantas obras que por alguma razão, à época que comecei, não conclui. Laurentino Gomes o usa como referência em 1889, por ter como pano de fundo um Brasil em ebulição pelas transformações vivenciadas durante o segundo reinado e o período que envolve a Proclamação da República. Estas foram as duas razões para o livro ter sido o selecionado. Ao final da semana, revelo minhas impressões.
Faça sua escolha e boa leitura!
"Esaú e Jacó" (1904) é o penúltimo romance de Machado de Assis |
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