24 julho 2016

O significado do retorno


Não sou de seguir modas e tendo a olhar com desconfiança para todos os modismos que, de repente, tornam-se algo considerado imprescindível na vida de qualquer terráqueo. Minha tendência é criar resistência até que consiga compreender o que de fato a tal nova moda significa.
Com o coaching aconteceu exatamente isso. De uma hora para outra, para conseguir qualquer coisa na vida passou a ser necessário ter um coach. Sem entender, comecei a pesquisar e a cada pergunta feita, mais e mais achava o tal novo processo inspirado na psicologia cognitiva, só que desenvolvido por não psicólogos. Minha resistência só aumentava na medida em que nem mesmo os coachs conseguiam me explicar a diferença.
Sou persistente. Encontrei uma pessoa que conseguiu esclarecer o processo e diferenciar uma coisa da outra. Não só compreendi, como estou na metade do ciclo e posso afirmar que os impactos são significativos.
Vale destacar que minha avaliação é de uma pessoa que fez terapia durante anos e considera este um dos melhores investimentos que podemos fazer em nós mesmos. A consciência de si mesmo é fundamental para tudo na vida! Como posso buscar meu desenvolvimento sem autoconhecimento?
Nesta nova etapa, o coaching está me ajudando a construir o caminho para me levar à máxima produtividade e isso não tem nada a ver com terapia.
Nesta busca por fazer o máximo possível com os recursos disponíveis, há um processo de enfrentamento de si mesmo que nos leva à reflexão sobre quais são nossas habilidades, quais delas precisam ser desenvolvidas e como fazer uso do instrumental que temos para alcançar a meta estabelecida.
O questionamento sobre os conceitos que temos sobre nós mesmos é etapa básica, o que só tem efeito, na minha visão, se você se conhecer!
As tarefas definidas a cada etapa para a construção e/ou reformulação de novos hábitos nos levam a rever algumas coisas que podem atrapalhar e/ou contribuir para a conquista da meta estabelecida para o ciclo e que representará o alcance ou não da máxima produtividade e, consequentemente, na solidificação de novos hábitos. Neste processo, a avaliação de desempenho e resultados são mensurados a cada semana.
No meu processo de reorganização precisei suspender atividades que ocupavam parte significativa do meu tempo (recurso mais que escasso para qualquer um de nós!), entre elas o desafio literário e a atualização do blog, tendo em vista minhas responsabilidades de trabalho e a própria meta estabelecida.
Porém, como esta construção passa necessariamente pela reflexão sobre as medidas adotadas ao alcance dos objetivos e como elas impactam nosso cotidiano, seja nos aspectos subjetivos, como nos mais pragmáticos, ficou claro para mim que a leitura de textos não acadêmicos e a escrita no blog são atividades que oxigenam minhas ideias e me ajudam a relaxar, tanto quanto a atividade física. Cada uma a sua medida, todas essas atividades colaboram na construção do caminho à máxima produtividade.
Em comum, elas têm como característica o fato de me desafiarem. Seja para manter a regularidade, vencer o cansaço ou o sono, por exemplo. Muitos me perguntam como ler depois de estudar pode me dar prazer. Minha resposta é sempre a mesma, encontre o tipo de leitura, atividade produtiva e física que te dão prazer e saberá a resposta.
Assim, retomei a leitura do livro Maquiavel e comecei a ler Depois de Você no Kindle. Primeira leitura dupla, mas sem prazo para terminar, enquanto o coaching está em andamento. Neste período, as publicações no blog voltam a ser semanais.
Motivação e satisfação são coisas intrínsecas ao homem e, portanto, individuais e intransferíveis. Se você não encontrou ainda o que te satisfaz, observe as pessoas que admira e o que te inspira nelas. Dê os primeiros passos e, se houver persistência, você se verá superando barreiras que nunca pensou ser capaz. Mas primeiro,
“Conhece-te a ti mesmo”,
como bem nos orientou Sócrates.

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