02 janeiro 2019

Hello, 2019!


Mais um ano começando e para marcar este novo começo, nada melhor do que analisar o que aconteceu nos doze meses anteriores para reordenar a rota dos próximos doze meses.

O ano de 2018 terminou com 44 livros lidos dos mais variados temas e gêneros. Desses, destaque (em ordem de leitura) para:
  • De volta ao mosteiro | James Hunter | Editora Sextante, 191p.
  •  Em busca do tempo perdido 2 – A sombra das moças em flor | Marcel Proust | Nova Fronteira, 599p.
  • O tempo e o vento – O continente I | Érico Veríssimo | Companhia das Letras, 382p.
  • O tempo e o vento -  O continente II | Érico Verissimo | Companhia das Letras, 432p.
  • O processo | Franz Kafka | E-book.
  • Adeus ao trabalho? | Ricardo Antunes | Editora Cortez, 214p.
  • Crônica de uma morte anunciada | Gabriel García Márquez | Editora Record, 157p. ❤
  • O velho e o mar | Ernest Hemingway | Bertrand Brasil, e-book. ❤
  • Édipo Rei | Sófocles | E-book.
  • Notícia de um sequestro | Gabriel García Márquez | Editora Record, 318p.❤

Mesmo tendo sido um bom resultado, não li os livros que me propus para o ano. A vida aconteceu e as leituras foram escolhidas e organizadas, na medida em que os interesses e compromissos norteavam a jornada.

Por isso, para este ano, a meta é ler 52 livros, um por semana, sem que os títulos sejam rigorosamente pré-determinados.

De certeza, o desejo de dar andamento e/ou concluir séries e não deixar de fazer o registro das resenhas, um excelente exercício para mim enquanto pessoa, observadora do mundo e como interessada em literatura, em geral.

Outro desejo é retomar a participação no #LeiaMulheresNatal.

Apesar de não ter registrado, o mês de dezembro rendeu boas leituras, como Alice no País das Maravilhas, Lewis Carroll [L&PM Pocket, 171p.], com todo o envolvimento que os sonhos e o inconsciente podem fazer acerca da realidade; O velho e o mar, de Hemingway, com sua temática sobre solidão, cumplicidade, superação, consciência de si mesmo, respeito à natureza e ao outro, em um texto fluido e envolvente que, com certeza, entrou para a lista de um dos melhores que já li na vida.
‘Ora, ora, criança!’, disse a Duquesa. ‘Tudo tem uma moral, é apenas uma questão de encontrá-la.’ Lewis Carroll | Alice no País das Maravilhas (p.20)

A leitura de três obras do Teatro Grego: Édipo Rei, Sófocles; Prometeu Acorrentado, Ésquilo; e Medeia, Eurípedes; deu a noção exata da razão destes textos serem identificados como tragédia.

Choca a crueza da narração do desespero que leva Édipo a furar os próprios olhos; assim como a humanidade revelada de Zeus que equipara um deus ao mais simples, inseguro e vingativo dos humanos.

Já em Medeia, entendemos de onde vem a ideia de que mulheres com orgulho ferido são capazes de cometer as maiores atrocidades, inclusive matar os próprios filhos.

Tentei ler a comédia grega As nuvens, de Aristófanes, mas, definitivamente, este não é meu gênero. Texto entediante que, apesar de estar distribuído em 39 minutos, de acordo com o Kindle, pareceram uma eternidade impossível de percorrer. Desisti.

Li também Um conto de natal, de China Miéville. Uma ficção-científica que mostra como o sistema capitalista é capaz de tornar tudo, inclusive e/ou principalmente, os símbolos coletivos como os que representam o natal, produtos exclusivos e comerciais.

O texto ressalta ainda como as experiências são transformadoras e levanta questionamentos sobre se, de fato, conhecemos o outro.
O último livro lido em 2018 foi Notícia de um sequestro, de Gabriel García Márquez. Um livro-reportagem que relata os dez sequestros orquestrados por Pablo Escobar, na Colômbia de 1990, que tiveram duração de seis a oito meses. O objetivo era pressionar o governo a mudar a Constituição para extinguir a possibilidade de extradição para os Estados Unidos.

O caso é citado na primeira temporada da série Narcos, da Netflix. Para quem gostou da série, o livro é imperdível, ainda mais em um período de crescente violência registrado no Brasil, tendo a droga como grande impulsionador.
Nos dois primeiros meses de 1991 tinham sido cometidos mil e duzentos assassinatos - vinte diários - e um massacre a cada quatro dias. Gabriel García Márquez | Notícia de um sequestro (p.196)

A outra determinação para este ano é retomada de publicações no blog às segundas, quartas e sextas-feiras.

Seja bem-vindo, 2019! 😊

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