Abril de 2018 chega ao fim e com ele a retomada (mais uma)
dos escritos por aqui. A vida acontece, apesar do planejamento, e é preciso
rever e reorganizar rotas, diariamente. A flexibilidade do ser é colocada em xeque
a todo momento e o aprendizado que cada experiência nos proporciona é o que nos
ajuda a respirar fundo e manter o passo firme.
As demandas do trabalho e do doutorado neste período de adaptação
têm exigido bastante das habilidades de concentração e foco. Nada como uma boa
oportunidade de colocar a teoria em prática!
A meta tem sido fazer o melhor possível, lembrando que, apesar
de muitas vezes desejar o contrário, o corpo não é uma máquina e é preciso
respeitar limites.
Neste sentido, a regularidade da atividade física e das
leituras tem sido duramente perseguidas, pois são estratégias essenciais para o
fortalecimento do corpo e da alma nesta trajetória que tanto me satisfaz.
Sim, o cansaço e as limitações poderiam ser motivos para reclamações,
mas não sou. Como um amigo me lembrou outro dia, estou onde desejei estar e isso
significa dizer que não há justificativa para reclamações, certo? Certíssimo! 😊
Esta é a ideia do livro The
subtle art of not givin a f*ck, de Mark Manson, que estou ouvindo no Ubook . Quando concluir, farei
a resenha, mas a ideia geral da obra é a escolha que temos de ver o copo meio
cheio ou meio vazio. Fico com a segunda opção!
O autor vai além, ao ressaltar que o que devemos nos
perguntar é qual é a dor que estamos dispostos a enfrentar, porque a vida nunca
será livre de dor e que não há a possibilidade de ser só rosas e unicórnios. A
dor precisa ter significado, pois não há como alcançar o resultado almejado sem
passar por ela!
The relevant question is what pain you want to sustain? (...) You have to chose something. You can't have a pain free life. It can't be roses and unicorns all the time. (...) What is the pain you want to sustain?
Aqui vai uma das constatações do mês, retomar o estudo da língua
inglesa para aprimorar habilidades de leitura e escrita, principalmente.
Sobre as leituras, a meta de quatro livros por mês não foi
cumprida, mas os dois livros lidos foram muito bons: Didática Magna, de Comenius; e Ainda
Sou Eui, de Jojo Moyes.
Com 330 páginas, o livro Didática
Magna, de Comenius, editado pela WMF Martins Fontes, foi lido na versão e-book
e impressiona como uma obra do século XVII pode ser tão atual, no que diz
respeito a busca pela Educação e metodologia de ensino. É uma obra que merece
releituras ao longo da vida, especialmente para aqueles, como eu, se dedicam a
atividade docente. Não é por acaso que é um clássico!
E como nada é mais difícil que perder os hábitos adquiridos (o hábito de fato é uma segunda natureza, e tu podes expulsar a natureza à força, mas ela sempre retorna), é lógico que nada é mais difícil que reeducar um homem que recebeu educação ruim: depois que a árvore cresceu, seja ela alta ou baixa, com os ramos esticados ou curvos, uma vez adulta assim permanece e não se deixa modificar.
Como nem só de leituras acadêmicas vive o ser humano, Jojo
Moyes arrebatou mais uma vez meu coração com a história de Lou Clark, depois da
depressão, na procura por si mesma, agora em Nova York, nas 400 páginas de Ainda Sou Eu, publicado pela editora
Intrínseca.
A obra completa trilogia Como
Eu Era Antes de Você e Depois de Você,
que narram a trajetória da inglesa Louisa Clark, do encontro a perda de Will
Traynor, o impacto da morte dele e como recomeçar é difícil, mas não impossível,
mas passa pelo conhecimento de si mesma. Sorrisos, lágrimas e reflexões são
inevitáveis nas três obras.
Quem era Louisa Clark, afinal? Eu era filha, irmã e uma espécie de mãe substituta por um tempo. Era uma mulher que cuidava dos outros, mas que parecia não ter muita ideia, mesmo agora, de como tomar conta de si mesma. Enquanto a roda cintilante girava na minha frente, tentei pensar no que queria de verdade, em vez de levar em consideração o que todos os outros pareciam querer para mim. Pensei no que Will realmente quisera me dizer - para não viver uma ideia de segunda mão de uma vida plena, mas para viver meu próprio sonho. O problema, acho, era que nunca soubesse que sonho era esse.
Se em abril não houve quantidade, houve qualidade e este é o
sonho que sigo vivendo por aqui. Devagar e sempre! 😉💭
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